Se alguém nos dissesse em meados do século XX que a mitigação dos impactos ambientais se tornaria uma questão central para o futuro das organizações, certamente seria desacreditado. Hoje, a popularização do conceito de desenvolvimento sustentável no mundo corporativo indica que algo mudou nesse cenário, sobretudo nas últimas décadas, com a adoção crescente nas empresas de parâmetros de sustentabilidade e gerenciamento de impactos negativos no meio ambiente.
Transformações sociais, econômicas, políticas e culturais deram origem a consumidores cada vez mais exigentes e vigilantes em relação à conservação ambiental; se um dia a preocupação das organizações com o desenvolvimento sustentável não passava de uma estratégia para se destacar da concorrência, na atualidade tem se tornado um fator importante para a garantia da sobrevivência das empresas no médio e longo prazo. Na prática, as organizações tiveram de saltar do estágio passivo para o reativo, assumindo posturas mais proativas na proteção do meio ambiente.
Mais de três décadas depois da consolidação da temática sustentável na agenda empresarial, entendemos, atualmente, que a discussão sobre o conceito deve ser expandida para incorporar outras questões. Estamos falando de raça, gênero, orientação sexual, idade, religião, deficiência, entre outros assuntos, que têm ocupado a centralidade dos debates em torno da diversidade nas organizações.
Hoje, espera-se das empresas mais do que reduzir danos ambientais: é preciso ir além e adotar também boas práticas sociais e de governança. A bola da vez é o ESG (Environmental, Social and Governance), tendência que veio para somar esforços com a sustentabilidade e para a qual as organizações precisam direcionar o olhar se quiserem alcançar bons resultados financeiros e continuar atraindo e retendo talentos.